
Estados Unidos avaliam novas tarifas sobre iPhones e eletrônicos fabricados na China
O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou neste domingo (13) que iPhones e outros eletrônicos produzidos na China ainda podem ser atingidos por novas tarifas de importação, apesar de estarem temporariamente isentos da taxação elevada anunciada pelo presidente Donald Trump.
Em entrevista à ABC News, Lutnick explicou que a atual isenção é parcial e que esses produtos continuam incluídos nas discussões sobre novas tarifas voltadas ao setor de semicondutores. “Essa suspensão não significa que estão livres. A produção de chips, telas e dispositivos críticos precisa ser trazida de volta para os EUA por motivos de segurança nacional”, destacou.
Medida pode afetar diretamente grandes empresas e consumidores
Na semana passada, a Casa Branca anunciou uma pausa de 90 dias na aplicação de tarifas que poderiam chegar a 145% para produtos importados da China, beneficiando empresas como Apple e Dell. Analistas alertaram que a taxação poderia elevar o preço de um iPhone de US$ 1.599 para até US$ 2.300.
Apesar da suspensão temporária, seguem em vigor outras tarifas, incluindo uma taxa de 20% sobre produtos chineses, vinculada à política do governo de combate à crise do fentanil.
Política industrial e tensão comercial
Lutnick reforçou que a estratégia da administração Trump visa reduzir a dependência da China em setores considerados estratégicos. Além da indústria de eletrônicos, o governo planeja incentivar a produção nacional de medicamentos e outros insumos críticos.
“A segurança econômica e a segurança nacional estão diretamente ligadas. Não podemos continuar dependentes da Ásia para tecnologias vitais”, afirmou o secretário.
O anúncio reacende as tensões da guerra comercial entre Estados Unidos e China, e gera expectativa no mercado global quanto aos próximos passos da política econômica americana em ano eleitoral.