A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), em conjunto com a Receita Estadual/Secretaria da Economia, deflagrou nesta terça-feira (26) uma operação que investiga fraudes milionárias em notas fiscais frias e uso de empresas de fachada.

Detalhes da operação

Foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão e determinados bloqueios de bens que somam R$ 17 milhões, incluindo imóveis, veículos de luxo e embarcações. A ação também contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

De acordo com as investigações, o esquema envolvia a abertura de empresas em nome de “laranjas”, com documentos falsificados, para movimentar recursos e evitar o pagamento de tributos, especialmente o ICMS.

Funcionamento do esquema

O grupo utilizava um atacadista de materiais de construção, registrado como empresa de pequeno porte no Simples Nacional, mas que operava com faturamentos de centenas de milhões de reais. Para sustentar a sonegação, eram criadas “noteiras” — empresas fictícias destinadas apenas à emissão de notas fiscais fraudulentas.

Um dos investigados, identificado como vaqueiro e trabalhador rural, aparecia formalmente como dono de diversas empresas usadas no esquema. Somente em seu nome, os prejuízos aos cofres públicos já ultrapassam R$ 17 milhões.

Crimes apurados

Os envolvidos poderão responder por:

• Associação criminosa

• Falsidade ideológica

• Sonegação fiscal

• Lavagem de dinheiro

Próximos passos

Segundo a Polícia Civil e a Secretaria da Economia, novas ações já estão planejadas para desarticular outras redes semelhantes. O Ministério Público de Goiás acompanha o caso por meio da Promotoria de Defesa da Ordem Tributária.

As autoridades destacam que esse tipo de fraude compromete a arrecadação estadual e gera concorrência desleal contra empresas que cumprem corretamente suas obrigações fiscais.