Alves diz a juiz que fez sexo consensual com suposta vítima

BARCELONA, Espanha (AP) – Dani Alves testemunhou no tribunal na segunda-feira (17), e disse ao juiz que investiga uma acusação de agressão sexual contra ele que ele fez sexo consensual com a suposta vítima.

Alves está preso desde 20 de janeiro depois de ser acusado de agredir sexualmente uma mulher em uma boate em Barcelona em 30 de dezembro. O jogador de futebol brasileiro negou qualquer irregularidade.

Alves inicialmente disse que não tinha feito sexo com a mulher, mas acabou mudando de versão. Ele disse que estava tentando salvar seu casamento não admitindo o encontro sexual no início. O jogador teria dito ao juiz que havia uma atração sexual mútua entre ele e a mulher desde o momento em que se conheceram na boate.

O tribunal negou o pedido de liberdade sob fiança de Alves enquanto a investigação continua, dizendo que ele corre o risco de fugir. Um julgamento não foi definido.

A advogada da vítima, Ester García, disse na segunda-feira (17), que esperava que Alves continuasse preso durante a investigação. O advogado de Alves, Cristóbal Martell, disse à mídia local que estava satisfeito com o depoimento de Alves. Esperava-se que ele pedisse novamente a soltura do jogador sob fiança.

Alves foi detido com base em provas colhidas na investigação inicial pelas autoridades e depoimentos do jogador, da suposta vítima e de testemunhas.

De acordo com a lei de consentimento sexual da Espanha, aprovada no ano passado, a agressão sexual inclui uma ampla gama de crimes, desde abuso online e apalpação até estupro, cada um com diferentes punições possíveis. Um caso de estupro pode receber uma pena máxima de 15 anos.

Alves, de 39 anos, conquistou 42 títulos de futebol, incluindo três Ligas dos Campeões com o Barcelona e duas Copas Américas com o Brasil. Ele disputou sua terceira Copa do Mundo no ano passado, no Catar.