Hoje, 4 de outubro, a Polícia Federal lançou a Operação RedeX, uma iniciativa destinada a combater a fraude na obtenção e recebimento do Seguro-Desemprego, um programa do Governo Federal que visa fornecer suporte financeiro temporário a trabalhadores dispensados involuntariamente.

Agentes da Polícia Federal estão executando 21 ordens judiciais em diversas regiões do Brasil, incluindo Jataí, Cuiabá e Sinop no Mato Grosso, Macapá no Amapá, Parauapebas e Redenção no Pará, e São Luís no Maranhão.

Os criminosos envolvidos no esquema recrutavam funcionários públicos ligados ao Sistema Nacional de Emprego (SINE) através de promessas e pagamento de propinas. Esses agentes públicos eram então cooptados para inserir informações falsas no sistema do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ou fornecer suas senhas para que terceiros o fizessem. Como resultado, parcelas indevidas do Seguro-Desemprego eram pagas a indivíduos “laranjas”, que repassavam parte dos valores recebidos indevidamente aos líderes do esquema criminoso.

Até o momento, a investigação confirmou a ocorrência de 12 mil pedidos fraudulentos de seguro-desemprego, causando um prejuízo estimado de R$ 11.900.111,12 aos cofres públicos. Estima-se que, com a interrupção das atividades criminosas, foram evitados prejuízos adicionais de mais de 7,2 milhões de reais.

Os crimes em questão incluem estelionato, corrupção ativa, inserção de informações falsas em sistemas de dados e associação criminosa. O nome da operação, RedeX, faz alusão à cidade de Redenção/PA, onde a maioria dos suspeitos reside. O “X” na denominação representa a multiplicação das fraudes, prejudicando os fundos públicos.