Desde 2017, o Programa de Sanidade de Equídeos, coordenado pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), tem desempenhado um papel fundamental no combate à Anemia Infecciosa Equina em Goiás. Esse programa tem sido responsável por uma série de ações que resultaram na significativa redução da ocorrência dessa doença e, consequentemente, na diminuição do número de mortes de animais causadas por ela no estado.

De acordo com levantamento da Agrodefesa, nos últimos quatro anos, houve uma redução expressiva de 63,6% no número de equídeos mortos devido à Anemia Infecciosa Equina em Goiás. Em números concretos, isso significa que o número de animais sacrificados caiu de 165, em 2019, para 60, em 2023.

Esse progresso é resultado direto das intensas ações sanitárias implementadas pela Agrodefesa em propriedades rurais, visando prevenir e controlar doenças de notificação obrigatória, com destaque para a Anemia Infecciosa Equina. O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destaca que essa redução é fruto do trabalho contínuo dos profissionais da agência, que se dedicam a garantir a sanidade animal em Goiás.

A Anemia Infecciosa Equina é uma doença sem cura, altamente transmissível, que afeta os equídeos, como cavalos, éguas, mulas, burros, jumentos e pôneis, resultando na queda do desempenho dos animais. Uma instrução normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determina que animais contaminados, mesmo assintomáticos, precisam ser sacrificados.

Para prevenir e controlar essa doença, o Programa Estadual de Sanidade Equídea segue parâmetros do programa nacional instituído pelo Mapa. Os técnicos da Agrodefesa realizam fiscalizações e controles do trânsito animal, utilizando facilidades como o Passaporte Equestre. Além disso, são realizados estudos epidemiológicos para identificar a ocorrência e a prevalência da Anemia Equina em Goiás.

É fundamental que os criadores de equídeos cadastrem seus animais no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) e estejam atentos a possíveis sinais da doença, como fraqueza, febre, perda de peso, mucosas amareladas, edemas subcutâneos e anemia. A realização de exames periódicos e o uso de medidas preventivas são essenciais para evitar a contaminação e a propagação da doença.