Câncer de pele: método ABCDE ajuda a detectar doença precocemente
Segundo a dermatologista cooperada da Unimed Goiânia, Dra. Brice Cruvinel, autoexame orienta população a identificar sinais suspeitos e buscar avaliação dermatológica o quanto antes
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Os casos de câncer de pele continuam sendo os mais frequentes no país. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o triênio 2023-2025, no Brasil, a estimativa é o diagnóstico de 220 mil casos novos de câncer de pele não melanoma anualmente, representando 31,3% do total de casos de câncer. A maior incidência ocorre em pessoas idosas, brancas e expostas ao sol por longos períodos, realidade comum em regiões tropicais.
O método ABCDE é uma das principais estratégias de diagnóstico precoce do câncer de pele, permitindo que qualquer pessoa observe alterações suspeitas em pintas e lesões antes que a doença avance. A técnica funciona como ferramenta de autoavaliação e auxilia na decisão de procurar acompanhamento especializado.
A dermatologista cooperada da Unimed Goiânia, Dra. Brice Cruvinel, explica que cada letra ajuda a identificar características que merecem atenção. “A de assimetria (quando uma metade da pinta é diferente da outra), B de bordas irregulares, C de cores variadas, D de diâmetro maior que 6 mm e E de evolução, quando a lesão muda rapidamente de cor, tamanho, relevo ou passa a sangrar. Com base nesses sinais, qualquer pessoa pode observar suas pintas no dia a dia. Se notar alguma alteração que se enquadre no ABCDE, deve procurar um dermatologista”, orienta a médica.
A médica alerta que além das características analisadas pelo método, pintas novas em adultos, feridas que não cicatrizam, crostas persistentes e lesões que se destacam das demais também exigem consulta. Segundo a especialista, a identificação precoce faz diferença direta no sucesso do tratamento. Quando detectado na fase inicial, o melanoma possui taxa de sobrevida superior a 90%.
Dra. Brice Cruvinel, explica que alguns grupos apresentam risco aumentado para o desenvolvimento do câncer de pele. “Pessoas de pele clara, trabalhadores que passam muitas horas ao sol e praticantes de atividades ao ar livre têm maior vulnerabilidade”, afirma. A médica acrescenta que histórico de queimadura solar na infância, casos familiares, uso de câmaras de bronzeamento e pintas numerosas também aumentam o risco.
Dicas de prevenção
A dermatologista reforça que a prevenção é o caminho mais eficaz para reduzir os casos da doença. Entre os cuidados essenciais estão:
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Aplicar filtro solar diariamente, reaplicando a cada três horas e após entrar na água;
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Usar roupas com proteção UV, chapéus, bonés e óculos com proteção UV;
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Preferir exposição solar antes das 10h e após as 16h, permanecendo na sombra nos horários de maior radiação;
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Evitar expor crianças pequenas ao sol;
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Planejar atividades físicas ao ar livre em horários menos intensos;
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Realizar visitas regulares ao dermatologista para monitoramento e prevenção.
“Para o verão, é indispensável ajustar os horários de atividades externas e reforçar todas essas medidas, já que a radiação tende a ser ainda mais intensa”, conclui.