Requerimentos do deputado Elias Vaz são aprovados
Ministro da Saúde terá que explicar falta de medicamentos no SUS
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deve comparecer à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara no dia 16 de junho para explicar os motivos do desabastecimento de medicação básica nas unidades públicas de saúde, como antibióticos e analgésicos. O requerimento foi do deputado federal Elias Vaz após receber reclamações diversas no gabinete.
“Há relatos de que os médicos, antes de receitarem o remédio, precisam ligar nas farmácias e perguntar quais antibióticos estão disponíveis no dia. Muitos pacientes tiveram que peregrinar em busca de medicamentos básicos em Goiás, que abriga algumas das maiores indústrias farmacêuticas nacionais”, afirma o parlamentar. Elias Vaz lembra que o Ministério da Saúde é o órgão responsável pela gestão dos estoques.
O deputado revelou no mês passado o escândalo da compra, autorizada pelo governo federal, do citrato de sildenafila, popularmente conhecido como Viagra, e próteses penianas infláveis pelas Forças Armadas. Elias Vaz identificou a aquisição de 11 milhões de comprimidos pela Marinha, que firmou contrato com o laboratório EMS para transferência de tecnologia, ou seja, para começar a produzir o Viagra. “Fica o questionamento sobre os critérios para a definição de medicamentos produzidos pelas Forças Armadas. Se está faltando analgésico, por que o governo não faz parcerias para a produção”, questiona o parlamentar.
Ministro das Minas e Energia irá à Câmara apresentar estudos de privatização da companhia
A Comissão de Minas e Energia aprovou requerimento do deputado federal Elias Vaz e agendou para o dia 22 de junho audiência na Câmara para que o ministro Adolfo Sachsida esclareça a informação de que o governo estaria iniciando estudos para privatização da Petrobras e a Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA, que é a estatal responsável por gerir os contratos da União com o pré-sal. “O ministro disse ter 100% de apoio do presidente Jair Bolsonaro para iniciar esse processo. A privatização da Petrobras e da PPSA é um desejo antigo do Ministro Paulo Guedes, antigo chefe de Adolfo Sachsida”, informa o requerimento.
O deputado Elias Vaz ressalta que a “Petrobrás atende hoje apenas os interesses dos acionistas, boa parte estrangeiros, por lucros exorbitantes. Enquanto isso, sob o governo Bolsonaro, o combustível aumenta quase toda semana. A situação vai piorar para o consumidor com o monopólio na mão de empresários”.
Câmara vai ouvir Advocacia Geral da União sobre defesa de suposta ex-funcionária fantasma de Bolsonaro
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle vai ouvir o advogado geral da União, Bruno Bianco, sobre um fato no mínimo inusitado: a AGU assumiu a defesa da Wal do Açaí, suspeita de ter sido funcionária-fantasma do gabinete de Jair Bolsonaro, quando ele era deputado federal. Wal foi denunciada pelo Ministério Público Federal por improbidade administrativa. “Causa muita estranheza a Advocacia Geral da União cuidar da defesa de uma acusada de agir em conluio com o presidente da República na época em que ele ainda era deputado. É dinheiro público sendo usado para atender interesses que não são os do povo”, explica Elias Vaz.
O nome de Walderice Santos da Conceição constava como secretária parlamentar da Câmara dos Deputados. Ao mesmo tempo, ela tinha como principal atividade um comércio em Angra dos Reis (RJ) chamado “Wal Açaí”, além de prestar serviços particulares na casa de Bolsonaro. Na ação em que a AGU defende Wal do Açaí, o MPF pede que ela e Bolsonaro sejam condenados por improbidade administrativa e efetuem o ressarcimento dos recursos públicos indevidamente desviados.
A análise das contas bancárias de Walderice revelou uma movimentação atípica, já que 83,77% da remuneração recebida foi sacada em espécie. Em determinados períodos, o percentual de saques supera 95% dos rendimentos. O MPF apontou também que o então deputado Jair Bolsonaro tinha conhecimento de que Walderice não prestava os serviços correspondentes ao cargo e, mesmo assim, atestou falsamente a frequência dela ao trabalho em seu gabinete.