Cerca de 100 cartas-consulta de estabelecimentos rurais, localizados em 62 municípios goianos, receberam autorização para captar R$ 135,4 milhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). O valor foi aprovado na 393ª Reunião da Câmara Deliberativa do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), nesta quinta-feira (28/9).

Em um movimento que promete impulsionar o setor agropecuário em Goiás, cerca de 100 projetos de estabelecimentos rurais em 62 municípios goianos receberam aprovação para captar R$ 135,4 milhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Essa importante decisão foi tomada durante a 393ª Reunião da Câmara Deliberativa do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), ocorrida na última quinta-feira (28/9).

Como parte desse acordo, os proponentes desses projetos comprometeram-se a investir R$ 11,2 milhões de recursos próprios, totalizando assim R$ 146,6 milhões que serão direcionados para atividades relacionadas à produção de grãos, bovinocultura de corte e leite, piscicultura e suinocultura.

Um detalhe interessante é que a maior parte dos recursos (90,1%) será destinada a estabelecimentos de mini, pequeno e pequeno-médio portes, destacando o apoio ao empreendedorismo rural em escalas variadas. O restante (9,9%) ficará com estabelecimentos de médio porte, mostrando a abrangência e diversidade dos projetos contemplados.

Além do impacto econômico, esses projetos prometem gerar um total de 110 empregos diretos em 62 municípios goianos, abrangendo todas as regiões do estado, com exceção da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF).

Dentre os principais destinos dos investimentos, destacam-se cidades como Jataí, Rio Verde, Mineiros, Goiás, Amaralina, Catalão, Porangatu, Palmeiras de Goiás, Trombas e Pontalina. Essas localidades devem se beneficiar diretamente da injeção de recursos para o fortalecimento de suas atividades agropecuárias.

A gerente de Inteligência de Mercado Agropecuário da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), Christiane de Amorim, destacou a importância dessa aprovação, enfatizando que os projetos estão em conformidade com os requisitos do FCO. Ela enfatizou: “Isso é muito positivo para o estado. Significa que teremos investimentos relevantes em estrutura e tecnologia, proporcionando condições de trabalho ao produtor e ganhos de produtividade para o agronegócio goiano.”

Christiane também ressaltou que os recursos serão distribuídos por todo o estado e que há um foco na priorização de pequenos e médios estabelecimentos rurais. Isso demonstra o compromisso com a inclusão de diferentes perfis de empreendedores no setor agropecuário.

Os projetos aprovados preveem investimentos em diversas áreas, incluindo aquisição de máquinas e implementos agrícolas, melhorias em matrizes e reprodutores, correção de solo, expansão de pastagens, construção de tanques, benfeitorias, compostagem e sistemas fotovoltaicos.

O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) desempenha um papel fundamental na promoção do desenvolvimento econômico e social de Goiás e estados vizinhos, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. Criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei nº 7.827 de 1989, o FCO é abastecido com recursos provenientes de alíquotas de 0,6% do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), bem como dos retornos dos financiamentos. Produtores rurais, empresas, pessoas físicas, jurídicas e cooperativas de produção podem pleitear recursos do FCO.

Vale mencionar que os números mencionados acima não incluem projetos na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), e que a Câmara Deliberativa do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE) analisa propostas de financiamento acima de R$ 500 mil, enfatizando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a promoção do agronegócio no estado de Goiás.