O caso de Jannik Sinner, que resultou em uma suspensão de três meses, não teve relação com doping intencional, segundo a Agência Mundial Antidoping (WADA). O conselheiro-geral da entidade, Ross Wenzel, afirmou que a decisão foi tomada com base em critérios técnicos e sem influência externa.

A suspensão e as polêmicas

Sinner testou positivo para clostebol, um agente anabólico proibido, após suposta contaminação acidental por meio de massagens e terapia esportiva de um membro de sua equipe. Inicialmente, um tribunal independente absolveu o tenista, mas a WADA recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), resultando no acordo que determinou sua suspensão de 9 de fevereiro a 4 de maio.

A decisão gerou críticas, especialmente pelo fato de Sinner retornar a tempo de disputar o Aberto da Itália, um torneio de grande importância para ele.

Djokovic e ex-jogadores criticam decisão

O sérvio Novak Djokovic expressou insatisfação com o processo e sugeriu que jogadores de alto nível recebem tratamento diferenciado.

“A maioria dos jogadores sente que há favoritismo acontecendo. Parece que, se você for um atleta de topo e tiver acesso aos melhores advogados, pode influenciar o resultado”, disse Djokovic.

O ex-número 1 britânico Tim Henman também criticou o desfecho, afirmando que a punição foi “conveniente” e poderia deixar um “gosto amargo” nos fãs. Segundo ele, casos de doping devem ser tratados de forma objetiva e definitiva.

Resposta da WADA

Em entrevista à BBC Sport, Ross Wenzel negou qualquer irregularidade e defendeu que a sanção foi aplicada conforme as regras do código antidoping.

“As sanções que impomos são cegas ao calendário. O correto é que a punição entre em vigor assim que for definida, sem ajustes para beneficiar ou prejudicar um atleta em relação a eventos futuros”, declarou Wenzel.

A polêmica continua, e o debate sobre transparência e equidade no sistema antidoping do tênis segue intenso, especialmente entre os jogadores.