Nikki Hiltz Avança para as Finais dos 1500 Metros nas Olimpíadas

Nikki Hiltz, atleta transgênero/não-binário de 29 anos, qualificou-se para as finais dos 1500 metros femininos em sua primeira participação olímpica. Hiltz, que usa pronomes neutros, registrou o impressionante tempo de 3:56.17 na segunda semifinal, garantindo a terceira posição atrás de Diribe Welteji da Etiópia e Jessica Hull da Austrália. Este feito coloca Hiltz entre os 12 finalistas, incluindo a compatriota americana Elle St. Pierre, visando um lugar no pódio em um evento presente em todos os Jogos desde 1972. A única medalha dos EUA neste evento até hoje foi conquistada por Jennifer Simpson, que ganhou o bronze.

A participação de Hiltz está alinhada com as diretrizes olímpicas atuais que permitem que atletas designados como mulheres ao nascer e que não fazem tratamento hormonal compitam nas categorias femininas. Hiltz expressou o compromisso de usar sua plataforma para promover maior compreensão e aceitação para pessoas transgênero e não-binárias, declarando: “Respeite os pronomes das pessoas e, se alguém tem uma experiência de vida diferente da sua, tente se educar em vez de odiar.”

Sua presença nas Olimpíadas não apenas desafia as normas, mas também contribui para discussões contínuas sobre a elegibilidade de gênero nos esportes, um tema que tem sido particularmente proeminente nos Jogos de 2024. Esse discurso foi alimentado por casos como o da boxeadora argelina Imane Khelif e Lin Yu-Ting de Taiwan, cuja elegibilidade já foi contestada em outras competições.

Hiltz defende a inclusão de atletas transgêneros nos esportes, independentemente do gênero ao qual foram designados ao nascer, enfatizando o potencial dos esportes como uma força para mudança. “Talvez haja uma oportunidade de mudar a opinião de alguém sobre algo”, compartilhou Hiltz com o Washington Post, sublinhando a importância do diálogo e da representação na promoção da mudança social.

Enquanto Hiltz se prepara para a rodada final, sua jornada continua a inspirar discussões sobre inclusividade e a paisagem em evolução da competição olímpica.

Informações do New York Post