O Governo de Goiás tem se destacado nacionalmente com a implementação do Cerrado em Pé – Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que já protege mais de 15 mil hectares e garante incentivo financeiro a produtores rurais comprometidos com a preservação do bioma.

Pelo programa, o Estado paga R$ 498 por hectare preservado além do que é exigido por lei. Já os proprietários que recuperarem ao menos uma nascente degradada por ano recebem R$ 664 por hectare. Os recursos são provenientes do Fundo Estadual do Meio Ambiente (Fema).

O governador Ronaldo Caiado destacou que a iniciativa é um marco na agenda sustentável. “Estamos mostrando como deve ser feita a proteção ambiental do Cerrado. É possível produzir e, ao mesmo tempo, cuidar do meio ambiente”, afirmou.

Quem pode participar

Para se inscrever, o produtor precisa ter entre 2 e 100 hectares de área passível de supressão vegetal. O primeiro edital, lançado em dezembro de 2024, priorizou pequenos agricultores, mulheres e pessoas em situação de vulnerabilidade social.
No 1º ciclo, 471 inscrições foram deferidas em nove municípios do Norte e Nordeste goiano, como Niquelândia, Minaçu, Cavalcante e São Domingos. Até agora, o programa desembolsou R$ 4 milhões.

Compromissos dos beneficiados

Os proprietários contemplados devem manter conservada a vegetação contratada, prevenir e comunicar incêndios, colaborar no monitoramento das áreas e preservar também as Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente.

Resultados ambientais

O programa fortalece a posição de Goiás como o estado que mais reduziu o desmatamento em 2024, segundo o Mapbiomas. A queda foi de 71,9% em comparação com 2023, com redução de 69,3 mil hectares devastados para 19,4 mil. No Cerrado, a supressão caiu 41,2% em números absolutos.

O Cerrado em Pé mostra como mecanismos de incentivo podem alinhar a produção agropecuária à preservação ambiental, com impacto positivo tanto na renda dos produtores quanto na proteção de áreas estratégicas do bioma.