Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu o sudeste asiático nesta sexta-feira (28), causando destruição em cidades de Mianmar e da Tailândia. O epicentro foi registrado no noroeste de Mianmar, com profundidade de apenas 10 quilômetros, conforme informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O tremor, sentido também na China, deixou ao menos seis mortos — cinco em território birmanês e um na capital tailandesa, Bangkok.

O abalo provocou pânico em cidades como Yangón, Mandalay e Naipyidó, em Mianmar, além de Bangkok, na Tailândia, onde arranha-céus oscilaram e moradores abandonaram prédios às pressas. A junta militar que governa Mianmar decretou estado de emergência em diversas regiões afetadas, incluindo Mandalay, segunda maior cidade do país.

Estragos e vítimas

Em Taungnoo, no centro de Mianmar, uma mesquita desabou, resultando na morte de três pessoas. Já em Aungban, o colapso de um hotel deixou duas vítimas fatais e ao menos 20 feridos. Na capital tailandesa, um trabalhador morreu após o desabamento de um prédio em construção, que também deixou dezenas de operários soterrados. As equipes de resgate conseguiram retirar vários sobreviventes dos escombros.

Em Yangón, bombeiros realizam buscas em áreas com prédios danificados. Testemunhas relataram momentos de pânico, com pessoas correndo pelas ruas em busca de segurança.

Tremores sentidos além das fronteiras

Na China, moradores da província de Yunnan também sentiram os efeitos do terremoto e abandonaram edifícios por precaução. Em Bangkok, imagens registraram o momento em que a água de uma piscina no topo de um edifício transbordou pelas laterais durante o tremor.

Risco de novas réplicas

Especialistas alertam para o risco de réplicas nos próximos dias. A falha de Sagaing, que atravessa Mianmar de norte a sul, já foi responsável por diversos terremotos de grande magnitude ao longo das últimas décadas. O geofísico William Yeck, do Centro Nacional de Informação sobre Terremotos dos Estados Unidos, classificou o episódio como “de alto impacto” devido à combinação de intensidade, baixa profundidade e densidade populacional nas áreas afetadas.

As autoridades seguem em alerta, e equipes de resgate continuam atuando nas regiões mais afetadas.