Madri inaugura clube de masturbação exclusivo para homens
Madri recebeu o primeiro clube de masturbação em grupo exclusivo para homens nas últimas semanas. Segundo uma reportagem do El País, existem 18 clubes deste tipo nos Estados Unidos, dois na Austrália, dois no Canadá e um no Reino Unido. O espaço na capital da Espanha foi criado por Nacho G., de 43 anos.
O clube se chama “Pajas Entre Colegas” (que significa Masturbação entre amigos), tem 100 metros quadrados e comporta 70 pessoas.
O espaço tem paredes pintadas com grafites, dois banheiros, guarda-volumes para os pertences dos participantes, música ambiente e iluminação indireta. As sessões em grupo duram cerca de três horas.
“Dá para repetir quantas vezes quiser ou conseguir durante as três horas. Entre um orgasmo e outro sempre dá para conversar, como velhos amigos. Sem vergonha”, afirma Nacho G.
Nacho diz que a maioria do público é formada por homossexuais, mas cerca de 30% dos frequentadores são heterossexuais. O fundador da casa reforça que nenhum tipo de preconceito é aceito dentro do clube.
A presença de homens heterossexuais nesses clubes é um fato, eu mesmo sou”, expõe. “O prazer de se masturbar é pessoal e depende de você, mas também pode conectá-lo diretamente com outros homens que gostam de se masturbar. Eles procuram desfrutar, compartilhar esses sentimentos com outros homens. Se você pensar bem, é a alternativa ideal de relacionamento aberto para muitas pessoas com limites claros de intimidade”, argumenta.
“Eles buscam intimidade sexual e argumentam que um clube de masturbação não é infidelidade, já que não há penetração e não há outras mulheres. Eles acabam encontrando, além do alívio sexual, um vínculo masculino inesperado, um sentimento de fraternidade. Tenho uma admiração tremenda por esses homens heterossexuais que superam a homofobia cultural que os cerca e se abrem para a possibilidade de intimidade com outros homens que podem incluir sexo”, comenta.
Entre o público gay, a procura é por motivos diferentes. Segundo Rosenberg, diferente dos aplicativos de paquera, os clubes têm regras rígidas e oferecem um ambiente seguro para quem busca conexão física e emocional. “Os clubes de masturbação eliminam esses processos desajeitados que facilitam as opções de aplicativos flertar deixa sem resposta. Não há necessidade de concordar com um horário ou local, discutir quem tem local ou simplesmente se você será compatível com a outra pessoa. Em clubes muito lotados quando há 120 homens presentes em um evento, as chances de você encontrar alguém que corresponda às suas preferências são extremamente altas”, afirma.
Os preços da associação (para participar dos clubes) variam de US$ 20 por mês a US$ 235 por ano e são equivalentes para a localidade de Madri. De acordo com os donos, as taxas são uma forma de atribuir valor às coisas. “Não queremos todo mundo: queremos pessoas que gostem do que temos a oferecer e estejam dispostas a pagar US$ 20 por isso”, afirma Rosenberg.
O código de conduta também é bastante rígido: sexo oral e qualquer tipo de penetração estão proibidos, além de nada de beijos da cintura para baixo. Quando os clientes chegam ao evento, recebem pulseiras coloridas para indicar quem aceita ou não contato físico com outras pessoas. Para Nacho, é apenas uma forma de dar continuação de uma cultura ancestral masculina. “Muitos homens da minha idade terão lembranças de se masturbar com seus colegas. Eles saberão do que estou falando”, encerra.
(Com informações da UOL e Correio Braziliense)
(foto: GustavoAckles/Pixabay)