Em 15 de novembro de 2024, Ihsan Ali e sua esposa, Zahraa Ali, foram acusados de tentativa de homicídio após supostamente tentar estrangular sua filha de 17 anos em frente à Timberline High School, em Lacey, Washington. O ataque teria sido motivado pela recusa da jovem em aceitar um casamento arranjado com um homem mais velho.

De acordo com documentos judiciais, a adolescente relatou que seu pai vinha ameaçando-a com um “crime de honra” devido à sua resistência ao casamento arranjado. No dia do incidente, após buscar ajuda na escola, seus pais a confrontaram, resultando em uma agressão física na qual Ihsan Ali a estrangulou até que ela perdesse a consciência. Testemunhas, incluindo o namorado da jovem, intervieram para interromper o ataque.

Além disso, a mãe, Zahraa Ali, também teria participado da agressão, tentando estrangular a filha. O pai ainda é acusado de agredir o namorado da adolescente com um soco no rosto. A intervenção de transeuntes, como Josh Wagner, que conteve Ihsan Ali até a chegada da polícia, foi crucial para cessar a violência.

A jovem conseguiu escapar e buscar refúgio na secretaria da escola, que foi temporariamente fechada para impedir a entrada dos pais. A escola providenciou um local seguro para a estudante enquanto as investigações prosseguem.

“Crimes de honra” são práticas em algumas sociedades onde membros da família justificam a violência contra uma pessoa, geralmente uma mulher, alegando que a vítima trouxe desonra à família. Estima-se que até 5.000 mulheres sejam mortas anualmente em tais circunstâncias.

Este caso ressalta a importância de abordar questões culturais e de gênero que podem levar a atos extremos de violência, enfatizando a necessidade de proteção e apoio às vítimas que desafiam normas tradicionais prejudiciais.

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