Desafio do TikTok faz mais uma vítima: menino de 12 anos morre no Reino Unido

Um menino britânico de 12 anos, identificado como Sebastian, morreu após supostamente participar do chamado “desafio do apagão” — prática perigosa que circula entre usuários do TikTok e consiste em prender a respiração até desmaiar. O caso ocorreu em Castleford, na Inglaterra, e está sendo investigado por autoridades locais.

O incidente aconteceu no último 27 de junho, quando o serviço de emergência foi acionado após Sebastian ser encontrado inconsciente em casa. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu. De acordo com a polícia de West Yorkshire, não há indícios de crime, mas exames foram solicitados para esclarecer a causa da morte.

A hipótese de envolvimento no desafio viral foi divulgada por familiares e confirmada em uma página de financiamento coletivo criada para auxiliar a família do menino. A organizadora da campanha, Agnieszka Czerniejewska, afirmou que Sebastian perdeu a vida ao tentar seguir o desafio visto na internet. Ela o descreveu como “um menino talentoso, apaixonado por música e arte, cheio de sonhos”.

O “desafio do apagão” (ou blackout challenge, em inglês) já esteve no centro de investigações em diversos países. Ele provoca privação de oxigênio ao cérebro, podendo causar desmaios, convulsões, danos cerebrais e até a morte. Segundo registros internacionais, ao menos 20 mortes foram associadas ao desafio entre 2021 e 2022, a maioria envolvendo crianças e adolescentes com menos de 13 anos.

A morte de Sebastian reacende o debate sobre a influência das redes sociais no comportamento juvenil e a necessidade de maior vigilância por parte dos responsáveis. Agnieszka fez um apelo a outros pais:

“Conversem com seus filhos. Saibam o que eles assistem, com quem interagem e o que os inspira. O mundo virtual pode ser tão perigoso quanto o real.”

A plataforma TikTok tem sido alvo de críticas e processos por permitir a disseminação de conteúdos considerados nocivos. Em resposta a casos anteriores, a empresa prometeu investir em melhorias na moderação de vídeos e em ferramentas de controle parental — medidas que, segundo especialistas, ainda são insuficientes diante da velocidade com que novos desafios surgem.