A Meta, empresa controladora do Facebook, anunciou a criação de uma nova divisão batizada de Meta Superintelligence Labs (MSL). A equipe terá como missão o desenvolvimento de sistemas de superinteligência artificial – uma tecnologia capaz de realizar tarefas com performance semelhante ou superior à humana, um marco ambicioso no avanço da IA.

A decisão foi anunciada pelo CEO da companhia, Mark Zuckerberg, que destacou a importância estratégica da iniciativa em um cenário global de rápidas transformações tecnológicas. “Estamos nos aproximando de um ponto em que o desenvolvimento da superinteligência é visível no horizonte. Nosso objetivo é estar na linha de frente dessa revolução”, declarou.

A criação do MSL é o desdobramento mais recente da reestruturação promovida pela Meta em sua divisão de inteligência artificial, iniciada em maio. Na ocasião, a companhia dividiu sua operação de IA em duas frentes: uma dedicada aos produtos práticos, como o assistente virtual Meta AI e a plataforma AI Studio, e outra focada em fundamentos científicos e no aprimoramento dos modelos Llama, voltados à IA generativa.

Com a nova divisão, a Meta pretende concentrar esforços em pesquisas de longo prazo, que envolvem desde o desenvolvimento de algoritmos mais autônomos até a capacidade de aprendizado contínuo e raciocínio complexo – características esperadas da chamada superinteligência.

Zuckerberg afirmou que a empresa irá investir centenas de bilhões de dólares nos próximos anos para garantir liderança no setor. O valor será destinado a infraestrutura computacional, contratação de especialistas e pesquisas voltadas a segurança, ética e eficiência da tecnologia.

A corrida por superinteligência também mobiliza outras gigantes do setor, como Google, Microsoft e OpenAI. Todas disputam não apenas avanços técnicos, mas também a definição de padrões éticos e regulatórios para a próxima geração de inteligências artificiais.

A Meta, por sua vez, busca consolidar-se como referência nesse novo cenário, ampliando sua atuação para além das redes sociais e colocando a inteligência artificial no centro de sua estratégia global.