Morre Moacir Soares de Faria, expoente da arte bruta goiana, aos 70 anos

O artista visual Moacir Soares de Faria, nome importante da arte bruta brasileira, morreu nesta quinta-feira (10/7) na Vila de São Jorge, na região da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. A informação foi confirmada pela Cerrado Galeria, que representava o artista desde o início deste ano. A causa da morte não foi divulgada.

Autodidata e profundamente ligado às raízes do cerrado goiano, Moacir nasceu em 1954 e construiu uma obra marcada pela fusão entre o sagrado e o profano, o humano e o animal. Seu estilo inconfundível, de cores vibrantes e traços expressivos, fez com que sua produção alcançasse projeção nacional e internacional.

Moacir foi tema do documentário “Moacir – Arte Bruta” (2005), dirigido por Walter Carvalho, que retrata seu cotidiano e processo criativo. Reconhecido por instituições como o MASP (Museu de Arte de São Paulo) e o Itaú Cultural, o artista tornou-se símbolo da força estética e simbólica da produção artística do Centro-Oeste brasileiro.

A Cerrado Galeria lamentou a perda e destacou, em nota oficial, o compromisso de preservar e difundir o legado do artista: “Moacir não apenas representava a riqueza da arte produzida no Centro-Oeste, mas também a colocava em um patamar de excelência e reconhecimento nacional.”

Com exposições marcantes e obras presentes em importantes acervos, Moacir Soares deixa uma contribuição inestimável para a arte brasileira, especialmente no campo da arte popular e da arte bruta, que ele ajudou a consolidar como expressão legítima e potente das múltiplas identidades culturais do país.