A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) da Polícia Civil de Goiás apresentou avanços significativos na elucidação do trágico falecimento de um servidor da instituição, de 58 anos, e sua mãe, de 86 anos, ambos vítimas de envenenamento no último domingo (17). A principal suspeita por esse duplo homicídio é uma mulher de 31 anos, advogada e ex-nora da vítima, que anteriormente trabalhava na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA). As circunstâncias levam a crer que as mortes ocorreram após a investigada ter fornecido alimentos para o café da manhã da família.

Em um período de três dias de intensa investigação, a Polícia Civil já conseguiu estabelecer que a mulher detida teve um breve relacionamento com o filho/neto das vítimas, com duração de aproximadamente um mês e meio. Após o término deste relacionamento, a suspeita demonstrou insatisfação, chegando ao ponto de criar perfis falsos para ameaçar de morte o ex-namorado e sua família.

De acordo com o delegado responsável, durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (21), no dia do incidente, a investigada realizou uma compra em um mercado, adquirindo o lanche para a família. Em seguida, ela retornou ao hotel onde estava hospedada e depois se dirigiu à residência onde o ex-sogro vivia com os pais. Permaneceu na casa por cerca de três horas antes de partir para sua cidade, Itumbiara.

No trajeto, a suspeita recebeu mensagens do ex-sogro informando que ele e a mãe estavam passando mal, supostamente devido ao café da manhã. O homem tentava alertar a ex-nora sobre os sintomas que ambos sentiam, acreditando que a investigada estaria grávida, algo que ela afirmava entre a família do ex-namorado. No entanto, exames realizados descartaram a gravidez da principal suspeita.

As investigações também revelaram que a investigada possui um histórico em outros estados, incluindo casos de simulação de gravidez para enganar ex-parceiros. Ela está associada a inquéritos envolvendo pornografia infantil, exercício ilegal de profissão e estelionato. A polícia continua a apurar todos os aspectos desse ato criminoso, incluindo a identificação do produto utilizado para envenenar as vítimas.