Estudo surpreendente encontra nenhum dano do vaping para mulheres grávidas ou bebês
Um novo estudo publicado na revista “The Lancet” descobriu que o vaping não causa danos a mulheres grávidas ou bebês após o primeiro trimestre.
A pesquisa, realizada pela Universidade Queen Mary de Londres, analisou dados de mais de 1.400 mulheres grávidas que usavam substitutos de nicotina, como patches ou e-cigarros.
Os pesquisadores descobriram que, após o primeiro trimestre, as mulheres grávidas que usavam substitutos de nicotina davam à luz bebês com pesos semelhantes aos de não fumantes e pesos significativamente maiores do que aquelas que fumavam durante a gravidez.
Os pesquisadores concluíram que o uso regular de produtos de substituição de nicotina não apresentou efeitos adversos para a mãe ou o bebê após o primeiro trimestre, nem está associado a eventos adversos de gravidez ou resultados de gravidez pobres.
No entanto, os pesquisadores destacaram a necessidade de mais pesquisas sobre mulheres grávidas que são fumantes regulares e nunca fumaram cigarros, pois esse uso está se tornando mais comum.
“Esses resultados são surpreendentes”, disse o autor principal do estudo, Dr. Peter Hajek, professor de medicina comportamental na Universidade Queen Mary. “Eles sugerem que os substitutos de nicotina podem ser uma opção segura para mulheres grávidas que estão tentando parar de fumar.”
O estudo é o primeiro a examinar os efeitos do vaping em mulheres grávidas após o primeiro trimestre. Estudos anteriores descobriram que o vaping pode estar associado a um risco aumentado de aborto espontâneo e problemas de saúde fetal no primeiro trimestre.
No entanto, os pesquisadores do novo estudo dizem que esses resultados podem ser devidos ao fato de que as mulheres que usam substitutos de nicotina também são mais propensas a parar de fumar completamente do que aquelas que continuam fumando.
“É importante ressaltar que o vaping não é um substituto perfeito para parar de fumar”, disse Hajek. “Mulheres grávidas que estão tentando parar de fumar devem conversar com seu médico sobre as melhores opções para elas.”